Esta conexão é responsável por influenciar pessoas mesmo que inúmeras vezes inconscientemente, a buscarem a mercadoria apresentada e sentirem-se instigados a adquiri-las.
Um exemplo de produto que teve sua busca alavancada após ser reproduzido nas telas, foram os espartilhos, está cresceu 123% após a estreia da série Bridgerton, no dia 25 de dezembro de 2020 na Netflix.
Outro exemplo de influência no lifestyle e no bolso das pessoas gerada pela ligação moda + mÃdia (Porém que ao contrário da situação citada anteriormente este vêm sendo massificado, e extremamente saturado) são os videos com temas relacionados a compras realizadas em lojas de fast fashion que proporcionam preços extremamente baixos e nada éticos quando falamos de cadeia de produção, como a SHEIN (cito está pois é a mais recorrente), que se define como: "Uma plataforma de comercio eletrônico de fast fashion internacional B2C".
"B2C é nada menos que um método adotado por empresas onde a venda é feita diretamente para o consumidor final. Ela acontece no varejo, sendo motivada por fatores como a necessidade do cliente, o desejo de consumo, o valor agregado ao produto e componentes emocionais, como o impulso de compra, por exemplo."
Foi preciso uma influenciadora digital realizar um video mostrando sua imensa quantidade de aquisições, que inúmeras outras começaram a reproduzir. Assim divulgando a empresa, a procura de conquistar um público para elas mesmas, que também são o produto e não tornarem-se "obsoletas" por não seguirem o fluxo ou perderem o timing. Me remetendo muito ao que Bauman (2007, Orelha do livro Vida para Consumo;) se refere como uma: "Nova organização social [...] onde os indivÃduos se tornam ao mesmo tempo promotores de mercadorias e também as próprias mercadorias que promovem."
Quando o assunto em pauta é a influência dos meios de comunicação sobre as pessoas no âmbito da moda, podemos pensar que é algo que apenas grandes produções, digitais influencer ou atrizes internacionais são capazes de realizar como: Vivien Leigh como Scarlett O'Hara no filme “E O Vento Levou “ (1939), que teve seus vestidos reproduzidos incontáveis vezes, Audrey Hepburn como Holly Golightly e Sarah Jessica Parker como nossa Carrie Bradshaw...), e esquecer do Brasil. No entanto o paÃs também se faz exemplo na correlação entre a influência da mÃdia e a moda.
O impacto das novelas, é um dos mais visÃveis, e maiores na terra da tropicália. Com pouco esforço é possÃvel lembrar de personagens como Heloisa, interpretada pela atriz Giovanna Antonelli, qual se tornou um Ãcone de estilo. Produtos que imitavam os seus esgotavam rapidamente, desde esmaltes a capinhas de celular diferenciadas, consequentemente eram produzidos em maiores quantidades também afim de atender a demanda. Foi possÃvel notar um efeito parecido anos atrás com a personagem Jade da novela (O clone) cuja principal responsável pela caracterização da atriz era a figurinista Marilia Carneiro. Reza a lenda inclusive, que a central da Globo recebia inúmeras ligações de seu imenso publico, perguntando onde poderiam encontrar os acessórios da personagem para adquiri-los.
Contra partida enquanto algumas marcas investem pesado em marketing seja na TV, cinema ou redes sociais, uma marca especifica chamou atenção há pouco tempo, por ir contra essa maré. Houve o chamado "Apagão" da Bottega Venneta do Instagram, a casa italiana saiu de todas redes sociais, Instagram, Facebook, twitter mantendo sua conta apenas no Youtube. É possÃvel que seja uma estratégia de marketing para que a marca volte com outra proposta, ou lançando um novo produto, porém também é possÃvel que a marca esteja retomando a proposta verdadeira e inicial dos produtos de luxo, a exclusividade. Em um mundo onde tudo é exposto e tudo parece instantâneo é compreensÃvel grandes marcas de grife optarem por focar na experiência do usuário de uma maneira diferente.
A questão é que hoje sendo uma marca não consolidada e conhecida no mercado, dificilmente seria possÃvel sobreviver a era digital sem estar inserido em suas ferramentas disponÃveis. A Bottega Veneta vêm cativando seu público alvo desde 1966, por isso muito provavelmente seja dificil as vendas reduzirem, mas sim ao contrário, elas certamente aumentarão por conta da tecla em que já batemos, a exclusividade. Aqui a experiência do usuário deixa de ser uma soft skill para se tornar uma hard skill e um dos pilares da label.
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E ai curtiu o post? lembrando que estes são apenas alguns dos meus pontos
de vista, que resolvi compartilhar com vocês. Espero que vocês
tenham gostado, e até a próxima!